Greve

O primeiro dia de greve na rede estadual de Educação foi de muita mobilização e diálogo com os educadores, estudantes, pais e comunidade escolar em geral. Contra os trabalhadores, o governo estadual apostou alto em mentiras, ataques infundados, terrorismo, ameaça de cortes de ponto e bônus e outras formas retaliações.

 

Mesmo assim, os professores e funcionários administrativos mostraram sua indignação e a paralisação atingiu 70% das escolas na capital e 80%, no interior. A mobilização terá continuidade e a expectativa é de que nos próximos dias estes números sejam maiores.

 

Pela manhã, a direção do Sintego se reuniu com o secretário estadual de Educação, Thiago Peixoto, que não apresentou nenhuma proposta para as reivindicações da categoria. No fim do encontro, o sindicato solicitou uma audiência com o governador Marconi Perillo, para que o impasse criado pelo próprio governo seja solucionado.

 

“Recebemos o apoio dos estudantes, pais e da sociedade onde fizemos nossas mobilizações hoje e isso fortalece ainda mais a nossa luta. Nossas reivindicações são justas e a sociedade está percebendo que o governo tem mentido com números distorcidos. Esperamos que o governo apresente uma proposta que atenda às nossas demandas, senão a greve continua por tempo indeterminado”, disse Iêda Leal, presidente do Sintego.

 

No final da tarde, o Sintego recorreu na Justiça contra decisão do juiz plantonista que decretou liminarmente a ilegalidade da greve. “Esperamos que a Justiça seja tão rápida como foi para decretar a liminar e acreditamos na vitória. A greve é justa e nossas reivindicações são legítimas. O governo apresentou projetos que destruíram a carreira dos educadores e se recusou a dialogar com a categoria”, disse Pedro Soares, secretário de Assuntos Jurídicos do Sintego.